1 - Configurando GMSA Para Pods e Contêineres Windows

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Esta página mostra como configurar Contas de serviço gerenciadas em grupo (GMSA) para Pods e contêineres que vão executar em nós Windows. Contas de serviço gerenciadas em grupo são um tipo específico de conta do Active Directory que provê gerenciamento automático de senhas, gerenciamento simplificado de service principal name (SPN), e a habilidade de delegar o gerenciamento a outros administradores através de múltiplos servidores.

No Kubernetes, especificações de credenciais GMSA são configuradas dentro do escopo do cluster Kubernetes como recursos personalizados. Os Pods Windows, assim como contêineres individuais dentro de um Pod, podem ser configurados para usar as funções GMSA baseadas em domínio (exemplo: autenticação Kerberos) quando interagirem com outros serviços Windows.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster Kubernetes, e a ferramenta de linha de comando kubectl precisa estar configurada para comunicar-se com seu cluster. O cluster deve possuir nós de carga de trabalho Windows. Esta seção cobre o conjunto inicial de passos requeridos para cada cluster:

Instale o CRD GMSACredentialSpec

Uma CustomResourceDefinition (CRD) para a especificação de recursos de credencial GMSA precisa ser configurada no cluster, para definir o tipo de recurso do cliente GMSACredentialSpec. Faça o download do YAML do CRD de GMSA e salve como gmsa-crd.yaml. A seguir, instale o CRD com kubectl apply -f gmsa-crd.yaml.

Instale webhooks para validar usuários GMSA

Dois webhooks precisam ser configurados no cluster Kubernetes para popular e validar as referências de especificação de credenciais GMSA no nível do Pod ou contêiner:

  1. Um webhook de mutação que expanda as referências para as GMSAs, (por nome a partir de uma especificação de Pod) em uma especificação de credencial completa em formato JSON dentro da especificação do Pod.

  2. Um webhook de validação garante que todas as referências para GMSAs estão autorizadas a serem usadas pela conta de serviço do Pod.

A instalação dos webhooks acima e dos objetos associados requer as etapas abaixo:

  1. Crie um par de chaves de certificado (que será usado para permitir que o contêiner do webhook se comunique com o cluster)

  2. Instale um Secret com o certificado acima.

  3. Crie um Deployment para a lógica principal do webhook.

  4. Crie as configurações de webhook de validação e de mutação, referentes ao Deployment.

Um script pode ser usado para implantar e configurar os webhooks GMSA e objetos associados mencionados acima. O script pode ser executado com a opção --dry-run=server para possibilitar que você possa revisar as alterações antes que sejam aplicadas no seu cluster.

O template YAML usado pelo script também pode ser usado para implantar os webhooks e objetos associados manualmente (com as substituições apropriadas para os parâmetros).

Configurar GMSAs e nós Windows em Active Directory

Antes que os Pods no Kubernetes possam ser configurados para usar GMSAs, as GMSAs apropriadas precisam ser provisionadas no Active Directory como descrito na documentação de GMSA do Windows. Nós de carga de trabalho Windows (que são parte do cluster Kubernetes) precisam ser configurados no Active Directory para acessar as credenciais secretas associadas com a GMSA apropriada, como descrito na documentação de GMSA do Windows.

Crie recursos de especificação de GMSA

Com o CRD GMSACredentialSpec instalado (como descrito anteriormente), recursos customizados contendo recursos de especificação de credenciais GMSA podem ser configurados. A especificação de credencial GMSA não contém dados secretos nem sensíveis. É informação que o agente de execução de contêiner pode usar para descrever a apropriada GMSA de um contêiner para o Windows. Especificações de credenciais GMSA podem ser geradas em formato YAML com o utilitário PowerShell script.

A seguir são os passos para gerar a especificação de credencial GMSA YAML manualmente, em formato JSON e então convertê-la para YAML:

  1. Importar o módulo CredentialSpec: ipmo CredentialSpec.psm1

  2. Crie a especificação da credencial em formato JSON usando New-CredentialSpec. Para criar a especificação da credencial GMSA nomeada WebApp1, execute New-CredentialSpec -Name WebApp1 -AccountName WebApp1 -Domain $(Get-ADDomain -Current LocalComputer)

  3. Use Get-CredentialSpec para mostrar o caminho do arquivo JSON.

  4. Converta o arquivo credspec de JSON para o formato YAML e aplique os campos de cabeçalho necessários apiVersion, kind, metadata e credspec para transformá-lo em uma instância do recurso customizado GMSACredentialSpec que pode ser configurado no Kubernetes.

A configuração YAML a seguir descreve as especificações de credencial GMSA nomeada gmsa-WebApp1:

apiVersion: windows.k8s.io/v1
kind: GMSACredentialSpec
metadata:
  name: gmsa-WebApp1      #Este é um nome arbitrário, mas será usado como referência
credspec:
  ActiveDirectoryConfig:
    GroupManagedServiceAccounts:
    - Name: WebApp1       #Nome de usuário da conta GMSA
      Scope: CONTOSO      #Nome de Domínio NETBIOS
    - Name: WebApp1       #Nome de usuário da conta GMSA
      Scope: contoso.com  #Nome de domínio DNS
  CmsPlugins:
  - ActiveDirectory
  DomainJoinConfig:
    DnsName: contoso.com        #Nome de domínio DNS
    DnsTreeName: contoso.com    #Nome de domínio DNS raiz
    Guid: 244818ae-87ac-4fcd-92ec-e79e5252348a  #GUID
    MachineAccountName: WebApp1 #Nome de usuário da conta GMSA
    NetBiosName: CONTOSO        #Nome de domínio NETBIOS
    Sid: S-1-5-21-2126449477-2524075714-3094792973 #SID da GMSA

O recurso de especificação de credencial acima deve ser salvo como gmsa-Webapp1-credspec.yaml e aplicado no cluster usando: kubectl apply -f gmsa-Webapp1-credspec.yml

Configure um ClusterRole para habilitar RBAC nas especificações de credenciais GMSA específicas

Uma ClusterRole precisa ser definida para cada recurso de especificação de credencial GMSA. Isto autoriza o verbo use em um recurso GMSA específico por um sujeito, geralmente uma conta de serviço. O exemplo a seguir mostra um ClusterRole que autoriza o uso de credencial gmsa-WebApp1 acima. Salve o arquivo como gmsa-webapp1-role.yaml e aplique usando kubectl apply -f gmsa-webapp1-role.yaml

#Criando um Role para ler o credspec
apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: ClusterRole
metadata:
  name: webapp1-role
rules:
- apiGroups: ["windows.k8s.io"]
  resources: ["gmsacredentialspecs"]
  verbs: ["use"]
  resourceNames: ["gmsa-WebApp1"]

Atribua o Role às contas de serviço para usar especificações de credencial GMSA específicas

Uma conta de serviço (com a qual os Pods virão configurados), precisa ser vinculada ao ClusterRole criado acima. Isto autoriza a conta de serviço a usar a especificação apropriada de recurso de credencial GMSA. O trecho a seguir mostra a conta de serviço padrão vinculada ao ClusterRole webapp1-role, para usar a especificação de recurso de credencial gmsa-WebApp1 criada acima.

apiVersion: rbac.authorization.k8s.io/v1
kind: RoleBinding
metadata:
  name: allow-default-svc-account-read-on-gmsa-WebApp1
  namespace: default
subjects:
- kind: ServiceAccount
  name: default
  namespace: default
roleRef:
  kind: ClusterRole
  name: webapp1-role
  apiGroup: rbac.authorization.k8s.io

Configure a especificação de recurso de credencial GMSA em uma especificação de Pod

O campo securityContext.windowsOptions.gmsaCredentialSpecName do Pod, é usado de referência para recursos customizados, em especificações de certificado GMSA apropriadas em especificações do Pod. Isto configura todos contêineres do Pod para usar GMSA. Uma amostra da anotação populada para referir-se a gmsa-WebApp1:

apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  labels:
    run: with-creds
  name: with-creds
  namespace: default
spec:
  replicas: 1
  selector:
    matchLabels:
      run: with-creds
  template:
    metadata:
      labels:
        run: with-creds
    spec:
      securityContext:
        windowsOptions:
          gmsaCredentialSpecName: gmsa-webapp1
      containers:
      - image: mcr.microsoft.com/windows/servercore/iis:windowsservercore-ltsc2019
        imagePullPolicy: Always
        name: iis
      nodeSelector:
        kubernetes.io/os: windows

Contêineres individuais em uma especificação de Pod podem também indicar a credencial GMSA apropriada, usando o campo securityContext.windowsOptions.gmsaCredentialSpecName por contêiner. Por exemplo:

apiVersion: apps/v1
kind: Deployment
metadata:
  labels:
    run: with-creds
  name: with-creds
  namespace: default
spec:
  replicas: 1
  selector:
    matchLabels:
      run: with-creds
  template:
    metadata:
      labels:
        run: with-creds
    spec:
      containers:
      - image: mcr.microsoft.com/windows/servercore/iis:windowsservercore-ltsc2019
        imagePullPolicy: Always
        name: iis
        securityContext:
          windowsOptions:
            gmsaCredentialSpecName: gmsa-Webapp1
      nodeSelector:
        kubernetes.io/os: windows

Assim que as especificações do Pod com os campos GMSA preenchidos (como descrito acima) são aplicadas em um cluster, ocorre a seguinte sequência de eventos:

  1. O webhook de mutação resolve e expande todas as referências aos recursos de especificações de credenciais GMSA para o conteúdo das especificações de credenciais GMSA.

  2. O webhook de validação garante que a conta de serviço associada ao Pod, seja autorizada para o verbo use na especificação GMSA especificada.

  3. O agente de execução de contêiner configura cada contêiner do Windows com a especificação de credencial GMSA especificada, para que o contêiner possa assumir a identidade do GMSA no Active Directory, e tenha acesso aos serviços no domínio usando essa identidade.

Autenticando para compartilhamentos de rede usando hostname ou FQDN

Se você estiver enfrentando problemas ao se conectar aos compartilhamentos SMB de Pods usando o hostname ou o FQDN, mas conseguindo acessar os compartilhamentos por meio de seu endereço IPv4, verifique se a chave do registro a seguir está definida nos nós Windows.

reg add "HKLM\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\hns\State" /v EnableCompartmentNamespace /t REG_DWORD /d 1

Os Pods em execução precisarão ser recriados para pegar as mudanças de comportamento. Mais informações sobre como essa chave de registro é usada podem ser encontradas aqui

Solução de problemas

Se você estiver tendo dificuldades para fazer com que o GMSA funcione em seu ambiente, existem algumas etapas de solução de problemas que você pode tentar.

Primeiro, verifique se a especificação de credencial foi passada para o Pod. Para fazer isso, você precisará rodar kubectl exec em um de seus Pods e verificar a saída do comando nltest.exe /parentdomain.

No exemplo abaixo, o Pod não recebeu a especificação de credencial corretamente:

kubectl exec -it iis-auth-7776966999-n5nzr powershell.exe

nltest.exe /parentdomain resulta no seguinte erro:

Getting parent domain failed: Status = 1722 0x6ba RPC_S_SERVER_UNAVAILABLE

Se o seu Pod obteve a especificação de credencial corretamente, o próximo passo é verificar a comunicação com o domínio. Primeiro, de dentro do seu Pod, execute rapidamente um nslookup para encontrar a raiz do seu domínio.

Isso vai nos dizer 3 coisas:

  1. O Pod pode chegar ao DC
  2. O DC pode chegar ao Pod
  3. O DNS está funcionando corretamente.

Se o DNS e o teste de comunicação passarem, em seguida, você precisará verificar se o Pod estabeleceu um canal de comunicação segura com o domínio. Para fazer isso, novamente, em seu Pod execute o comando nltest.exe /query.

nltest.exe /query

Resulta na seguinte saída:

I_NetLogonControl failed: Status = 1722 0x6ba RPC_S_SERVER_UNAVAILABLE

Isso nos diz que, por algum motivo, o Pod não conseguiu se logar no domínio usando a conta definida na especificação de credencial. Você pode tentar reparar o canal seguro executando o seguinte:

nltest /sc_reset:domain.example

Se o comando for bem sucedido, você verá uma saída semelhante a esta:

Flags: 30 HAS_IP  HAS_TIMESERV
Trusted DC Name \\dc10.domain.example
Trusted DC Connection Status Status = 0 0x0 NERR_Success
The command completed successfully

Se o excerto acima corrigir o erro, você poderá automatizar a etapa adicionando o seguinte lifecycle hook à sua especificação de Pod. Se não corrigiu o erro, você precisará examinar sua especificação de credencial novamente e confirmar que ela está correta e completa.

        image: registry.domain.example/iis-auth:1809v1
        lifecycle:
          postStart:
            exec:
              command: ["powershell.exe","-command","do { Restart-Service -Name netlogon } while ( $($Result = (nltest.exe /query); if ($Result -like '*0x0 NERR_Success*') {return $true} else {return $false}) -eq $false)"]
        imagePullPolicy: IfNotPresent

Se você adicionar a seção lifecycle, mostrada acima à sua especificação de Pod, o Pod irá executar os comandos listados para reiniciar o serviço netlogon até que o comando nltest.exe /query execute sem erro.

2 - Configurando RunAsUserName Para Pods e Contêineres Windows

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.18 [stable]

Esta página mostra como usar a configuração runAsUserName para Pods e contêineres que serão executados em nós Windows. Isso é aproximadamente equivalente à configuração runAsUser específica do Linux, permitindo a você executar aplicativos em um contêiner com um nome de usuário diferente do padrão.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster Kubernetes, e a ferramenta de linha de comando Kubectl deve ser configurada para se comunicar com o seu cluster. Espera-se que o cluster tenha nós de carga de trabalho Windows, onde os Pods com contêineres executando as cargas de trabalho do Windows, serão agendados.

Defina o nome de usuário para um Pod

Para especificar o nome de usuário com o qual executar os processos de contêiner do Pod, inclua o campo securityContext (PodSecurityContext) na especificação do Pod, e dentro dela, o campo WindowsOptions (WindowsSecurityContextOptions) contendo o campo runAsUserName.

As opções de contexto de segurança do Windows que você especificar para um Pod, se aplicam a todos os contêineres do Pod, inclusive os de inicialização.

Veja abaixo um arquivo de configuração para um Pod do Windows que possui o campo runAsUserName definido:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: run-as-username-pod-demo
spec:
  securityContext:
    windowsOptions:
      runAsUserName: "ContainerUser"
  containers:
  - name: run-as-username-demo
    image: mcr.microsoft.com/windows/servercore:ltsc2019
    command: ["ping", "-t", "localhost"]
  nodeSelector:
    kubernetes.io/os: windows

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/windows/run-as-username-pod.yaml

Verifique se o contêiner do Pod está em execução:

kubectl get pod run-as-username-pod-demo

Abra um shell para o contêiner em execução:

kubectl exec -it run-as-username-pod-demo -- powershell

Verifique se o shell está executando com o nome de usuário correto:

echo $env:USERNAME

A saída deve ser:

ContainerUser

Defina o nome de usuário para o contêiner

Para especificar o nome de usuário com o qual executar os processos de um contêiner, inclua o campo SecurityContext (SecurityContext) no manifesto do contêiner, e dentro dele, o campo WindowsOptions (WindowsSecurityContextOptions) contendo o campo runAsUserName.

As opções de contexto de segurança do Windows que você especificar para um contêiner, se aplicam apenas a esse contêiner individual, e substituem as configurações feitas no nível do Pod.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner, e o campo runAsUserName está definido no nível do Pod e no nível do contêiner:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: run-as-username-container-demo
spec:
  securityContext:
    windowsOptions:
      runAsUserName: "ContainerUser"
  containers:
  - name: run-as-username-demo
    image: mcr.microsoft.com/windows/servercore:ltsc2019
    command: ["ping", "-t", "localhost"]
    securityContext:
        windowsOptions:
            runAsUserName: "ContainerAdministrator"
  nodeSelector:
    kubernetes.io/os: windows

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/windows/run-as-username-container.yaml

Verifique se o contêiner do Pod está em execução:

kubectl get pod run-as-username-container-demo

Abra um shell para o contêiner em execução:

kubectl exec -it run-as-username-container-demo -- powershell

Verifique se o shell está executando o usuário correto, (aquele definido no nível do contêiner):

echo $env:USERNAME

A saída deve ser:

ContainerAdministrator

Limitações de nomes de usuários no Windows

Para usar esse recurso, o valor definido no campo runAsUserName deve ser um nome de usuário válido. Deve ter o seguinte formato: DOMAIN\USER, onde DOMAIN\ é opcional. Os nomes de usuário do Windows não diferenciam letras maiúsculas e minúsculas. Além disso, existem algumas restrições em relação ao DOMAIN e USER:

  • O campo runAsUserName: não pode estar vazio, e não pode conter caracteres de controle (Valores ASCII : 0x00-0x1F, 0x7F)
  • O nome de DOMAIN NetBios, ou um nome de DNS, cada um com suas próprias restrições:
    • Nomes NetBios: máximo de 15 caracteres, não podem iniciar com . (ponto), e não podem conter os seguintes caracteres: \ / : * ? " < > |
    • Nomes DNS: máximo de 255 caracteres, contendo apenas caracteres alfanuméricos, pontos, e traços, e não podem iniciar ou terminar com um . (ponto) ou - (traço).
  • O USER: deve ter no máximo 20 caracteres, não pode conter somente pontos ou espaços, e não pode conter os seguintes caracteres: " / \ [ ] : ; | = , + * ? < > @.

Exemplos de valores aceitáveis para o campo runAsUserName: ContainerAdministrator, ContainerUser, NT AUTHORITY\NETWORK SERVICE, NT AUTHORITY\LOCAL SERVICE.

Para mais informações sobre estas limitações, verifique aqui e aqui.

Próximos passos

3 - Configurando Qualidade do Serviço Para Pods

Esta página mostra como configurar os Pods para que, a eles sejam atribuídos particularmente classes de Qualidade de Serviço (QoS). O Kubernetes usa classes QoS para tomar decisões sobre agendamento e despejo de Pods.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Classes QoS

Quando o Kubernetes cria um Pod, ele atribui uma dessas classes de QoS ao Pod:

  • Guaranteed
  • Burstable
  • BestEffort

Crie um namespace

Crie um namespace, assim os seus recursos criados neste exercício estarão isolados do resto do seu cluster.

kubectl create namespace qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS Guaranteed

Para que um Pod receba uma classe de QoS Guaranteed:

  • Todo contêiner no Pod deve ter um limite de memória e um requisito de memória.
  • Para cada contêiner no Pod, o limite de memória deve ser igual ao requisito de memória.
  • Todo contêiner no Pod deve ter um limite de CPU e um requisito de CPU.
  • Para cada contêiner no Pod, o limite de CPU deve ser igual ao requisito de CPU.

Essas restrições se aplicam igualmente a contêineres de inicialização bem como de aplicativos.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner. O contêiner tem um limite de memória e um requisito de memória, ambos iguais a 200 MiB. O contêiner tem um limite de CPU e uma solicitação de CPU, ambos iguais a 700 miliCPU:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-ctr
    image: nginx
    resources:
      limits:
        memory: "200Mi"
        cpu: "700m"
      requests:
        memory: "200Mi"
        cpu: "700m"

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o pod:

kubectl get pod qos-demo --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Guaranteed. A saída também verifica se o contêiner do Pod tem um requisito de memória que corresponde ao seu limite de memória, e possui um requisito de CPU que corresponde ao seu limite de CPU.

spec:
  containers:
    ...
    resources:
      limits:
        cpu: 700m
        memory: 200Mi
      requests:
        cpu: 700m
        memory: 200Mi
    ...
status:
  qosClass: Guaranteed

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo --namespace=qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS Burstable

Um Pod recebe uma classe de QoS Burstable se:

  • O Pod não atende aos critérios para a classe de QoS Guaranteed.
  • Pelo menos um contêiner no Pod tem um requisito ou limite de memória ou CPU.

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui um contêiner. O contêiner tem um limite de memória de 200 MiB e um requisito de memória de 100 MiB.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-2
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-2-ctr
    image: nginx
    resources:
      limits:
        memory: "200Mi"
      requests:
        memory: "100Mi"

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-2.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-2 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Burstable.

spec:
  containers:
  - image: nginx
    imagePullPolicy: Always
    name: qos-demo-2-ctr
    resources:
      limits:
        memory: 200Mi
      requests:
        memory: 100Mi
  ...
status:
  qosClass: Burstable

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-2 --namespace=qos-example

Crie um Pod ao qual seja atribuída uma classe de QoS BestEffort

Para que um Pod receba uma classe de QoS BestEffort, os contêineres no pod não devem ter quaisquer requisitos ou limites de CPU ou memória.

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui um contêiner. O contêiner não tem requisitos ou limites de memória ou CPU:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-3
  namespace: qos-example
spec:
  containers:
  - name: qos-demo-3-ctr
    image: nginx

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-3.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-3 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao Pod uma classe de QoS BestEffort.

spec:
  containers:
    ...
    resources: {}
  ...
status:
  qosClass: BestEffort

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-3 --namespace=qos-example

Crie um Pod que tenha dois contêineres

Aqui está o arquivo de configuração para um Pod que possui dois contêineres. Um contêiner especifica um requisito de memória de 200 MiB. O outro contêiner não especifica nenhum requisito ou limite.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: qos-demo-4
  namespace: qos-example
spec:
  containers:

  - name: qos-demo-4-ctr-1
    image: nginx
    resources:
      requests:
        memory: "200Mi"

  - name: qos-demo-4-ctr-2
    image: redis

Observe que este Pod atende aos critérios para a classe de QoS Burstable. Isto é, ele não atende aos critérios para a classe de QoS Guaranteed, e um de seus contêineres tem um requisito de memória.

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/qos/qos-pod-4.yaml --namespace=qos-example

Veja informações detalhadas sobre o Pod:

kubectl get pod qos-demo-4 --namespace=qos-example --output=yaml

A saída mostra que o Kubernetes forneceu ao pod uma classe de QoS Burstable:

spec:
  containers:
    ...
    name: qos-demo-4-ctr-1
    resources:
      requests:
        memory: 200Mi
    ...
    name: qos-demo-4-ctr-2
    resources: {}
    ...
status:
  qosClass: Burstable

Apague seu Pod:

kubectl delete pod qos-demo-4 --namespace=qos-example

Limpeza

Apague seu namespace:

kubectl delete namespace qos-example

Próximos passos

Para desenvolvedores de App

Para administradores de cluster

4 - Atribuindo Recursos Estendidos a um Contêiner

ESTADO DA FUNCIONALIDADE: Kubernetes v1.30 [stable]

Esta página mostra como atribuir recursos estendidos a um Contêiner.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Antes de fazer este exercício, faça o exercício em Anunciar recursos estendidos para um Nó. Isso configurará um de seus nós para anunciar um recurso de dongle.

Atribua um recurso estendido a um Pod

Para solicitar um recurso estendido, inclua o campo resources:requests no seu manifesto do contêiner. Recursos estendidos são totalmente qualificados com qualquer domínio fora do *.kubernetes.io/. Nomes de recursos estendidos válidos tem a forma de example.com/foo, onde example.com é substituído pelo domínio da sua organização e foo é um nome descritivo de recurso.

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: extended-resource-demo
spec:
  containers:
  - name: extended-resource-demo-ctr
    image: nginx
    resources:
      requests:
        example.com/dongle: 3
      limits:
        example.com/dongle: 3

No arquivo de configuração, você pode ver que o contêiner solicita 3 dongles.

Crie um Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/resource/extended-resource-pod.yaml

Verifique se o pod está em execução:

kubectl get pod extended-resource-demo

Descreva o pod:

kubectl describe pod extended-resource-demo

A saída mostra as solicitações de dongle:

Limits:
  example.com/dongle: 3
Requests:
  example.com/dongle: 3

Tente criar um segundo Pod

Aqui está o arquivo de configuração para um pod que possui um contêiner. O contêiner solicita dois dongles.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: extended-resource-demo-2
spec:
  containers:
  - name: extended-resource-demo-2-ctr
    image: nginx
    resources:
      requests:
        example.com/dongle: 2
      limits:
        example.com/dongle: 2

O Kubernetes não poderá satisfazer o pedido de dois dongles, porque o primeiro pod usou três dos quatro dongles disponíveis.

Tente criar um pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/resource/extended-resource-pod-2.yaml

Descreva o pod:

kubectl describe pod extended-resource-demo-2

A saída mostra que o pod não pode ser agendado, porque não há nó que tenha 2 dongles disponíveis:

Conditions:
  Type    Status
  PodScheduled  False
...
Events:
  ...
  ... Warning   FailedScheduling  pod (extended-resource-demo-2) failed to fit in any node
fit failure summary on nodes : Insufficient example.com/dongle (1)

Veja o status do pod:

kubectl get pod extended-resource-demo-2

A saída mostra que o Pod foi criado, mas não está programado para ser executado em um nó. Tem um status de pendente:

NAME                       READY     STATUS    RESTARTS   AGE
extended-resource-demo-2   0/1       Pending   0          6m

Limpeza

Exclua os Pods que você criou para este exercício:

kubectl delete pod extended-resource-demo
kubectl delete pod extended-resource-demo-2

Próximos passos

Para desenvolvedores de aplicativos

Para administradores de cluster

5 - Configurando um Pod Para Usar um Volume Para Armazenamento

Esta página mostra como configurar um Pod para usar um Volume para armazenamento.

O sistema de arquivos de um contêiner apenas existe enquanto o contêiner existir. Então, quando um contêiner termina e reinicia, as alterações do sistema de arquivos são perdidas. Para um armazenamento mais consistente, independente do contêiner, você pode usar um Volume. Isso é especialmente importante para aplicações stateful, tal como armazenamentos chave-valor (tal como Redis) e bancos de dados.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Configure um volume para um Pod

Neste exercício, você cria um Pod que executa um contêiner. Este Pod tem um Volume do tipo emptyDir que persiste durante a existência do Pod, mesmo que o contêiner termine e reinicie. Aqui está o arquivo de configuração para o pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: redis
spec:
  containers:
  - name: redis
    image: redis
    volumeMounts:
    - name: redis-storage
      mountPath: /data/redis
  volumes:
  - name: redis-storage
    emptyDir: {}
  1. Crie o Pod:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/redis.yaml
    
  2. Verifique se o contêiner do pod está funcionando, e então procure por mudanças no Pod:

    kubectl get pod redis --watch
    

    A saída se parece com isso:

    NAME      READY     STATUS    RESTARTS   AGE
    redis     1/1       Running   0          13s
    
  3. Em outro terminal, pegue um shell para o contêiner em execução:

    kubectl exec -it redis -- /bin/bash
    
  4. No seu shell, vá para /data/redis, e então crie um arquivo:

    root@redis:/data# cd /data/redis/
    root@redis:/data/redis# echo Hello > test-file
    
  5. No seu shell, liste os processos em execução:

    root@redis:/data/redis# apt-get update
    root@redis:/data/redis# apt-get install procps
    root@redis:/data/redis# ps aux
    

    A saída é semelhante a esta:

    USER       PID %CPU %MEM    VSZ   RSS TTY      STAT START   TIME COMMAND
    redis        1  0.1  0.1  33308  3828 ?        Ssl  00:46   0:00 redis-server *:6379
    root        12  0.0  0.0  20228  3020 ?        Ss   00:47   0:00 /bin/bash
    root        15  0.0  0.0  17500  2072 ?        R+   00:48   0:00 ps aux
    
  6. Em seu shell, encerre o processo do Redis:

    root@redis:/data/redis# kill <pid>
    

    Onde <pid> é o process ID (PID) do Redis.

  7. No seu terminal original, preste atenção nas mudanças no Pod do Redis. Eventualmente, você vai ver algo assim:

    NAME      READY     STATUS     RESTARTS   AGE
    redis     1/1       Running    0          13s
    redis     0/1       Completed  0         6m
    redis     1/1       Running    1         6m
    

Neste ponto, o Contêiner terminou e reiniciou. Isso porque o Pod do Redis tem uma restartPolicy de Always.

  1. Abra um shell dentro do Contêiner reiniciado:

    kubectl exec -it redis -- /bin/bash
    
  2. No seu shell, vá para /data/redis, e verifique se test-file ainda está lá.

    root@redis:/data/redis# cd /data/redis/
    root@redis:/data/redis# ls
    test-file
    
  3. Exclua o pod que você criou para este exercício:

    kubectl delete pod redis
    

Próximos passos

  • Veja Volume.

  • Veja Pod.

  • Além do armazenamento de disco local fornecido por emptyDir, o Kubernetes suporta muitas soluções de armazenamento diferentes, conectadas via rede, incluindo PD na GCE e EBS na EC2, que são preferidos para dados críticos e vão lidar com os detalhes, como montar e desmontar os dispositivos nos Nós. Veja Volumes para mais detalhes.

6 - Configurando um Pod Para Usar um Volume Persistente Para armazenamento

Esta página mostra como configurar um Pod para usar um PersistentVolumeClaim para armazenamento. Aqui está o resumo do processo:

  1. Você, como administrador do cluster, faz a criação de um Volume Persistente suportado por armazenamento físico. Você não associa o volume a nenhum Pod.

  2. Você, agora assumindo o papel de desenvolvedor/usuário do cluster, faz a criação de um PersistentVolumeClaim que é automaticamente vinculado ao Volume Persistente adequado.

  3. Você cria um Pod que usa o PersistentVolumeClaim acima para armazenamento.

Antes de você começar

  • Você precisa ter um cluster Kubernetes que tenha apenas um nó, e a ferramenta de linha de comando kubectl configurada para se comunicar com seu cluster. Se você ainda não tem um cluster de um único nó, você pode criar um usando o Minikube.

  • Familiarize-se com o material em Volumes persistentes.

Criando um arquivo index.html no seu nó

Abra um shell no único nó do seu cluster. A maneira de abrir um shell vai depender de como você inicializou seu cluster. Por exemplo, se você estiver usando o Minikube, você pode abrir um shell para o seu nó digitando minikube ssh.

No seu shell desse nó, crie um diretótio /mnt/data:

# Assumindo que o seu nó use "sudo" para executar comandos 
# como superusuário
sudo mkdir /mnt/data

content/pt-br/docs/tasks/configure-pod-container/configure-service-account.md No diretório /mnt/data, crie o arquivo index.html:

# Novamente assumindo que seu nó use "sudo" para executar comandos
# como superusuário
sudo sh -c "echo 'Hello from Kubernetes storage' > /mnt/data/index.html"

Teste se o arquivo index.html existe:

cat /mnt/data/index.html

A saída deve ser:

Hello from Kubernetes storage

Você agora pode fechar o shell do seu nó.

Crie um Volume Persistente

Neste exercício, você cria um Volume Persistente hostPath. O Kubernetes suporta hostPath para desenvolvimento e teste em um cluster com apenas um nó. Um Volume Persistente hostPath usa um arquivo ou diretório no nó, para emular um armazenamento conectado pela rede.

Em um cluster de produção, você não usaria hostPath. Em vez disso um administrador de cluster provisionaria um recurso de rede, como um disco persistente do Google Compute Engine, um NFS compartilhado, ou um volume do Amazon Elastic Block Store. Administradores podem também usar classes de armazenamento para incializar provisionamento dinâmico.

Aqui está o arquivo de configuração para o Volume Persistente hostPath:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: task-pv-volume
  labels:
    type: local
spec:
  storageClassName: manual
  capacity:
    storage: 10Gi
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  hostPath:
    path: "/mnt/data"

O arquivo de configuração especifica que o volume está no diretório /mnt/data do nó do cluster. A configuração também especifica um tamanho de 10 gibibytes e um modo de acesso ReadWriteOnce, o que significa que o volume pode ser montado como leitura-escrita pelo único nó. Define o nome da classe de armazenamento manual para o Volume Persistente, que será usado para vincular requisições PersistentVolumeClaim à esse Volume Persistente.

Crie o Volume Persistente:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-volume.yaml

Veja informações do Volume Persistente:

kubectl get pv task-pv-volume

A saída mostra que o Volume Persistente tem um STATUS de Available. Isto significa que ainda não foi vinculado a um PersistentVolumeClaim.

NAME             CAPACITY   ACCESSMODES   RECLAIMPOLICY   STATUS      CLAIM     STORAGECLASS   REASON    AGE
task-pv-volume   10Gi       RWO           Retain          Available             manual                   4s

Crie um PersistentVolumeClaim

O próximo passo é criar um PersistentVolumeClaim. Pods usam PersistentVolumeClaims para requisitar armazenamento físico. Neste exercício, você vai criar um PersistentVolumeClaim que requisita um volume com pelo menos três gibibytes, com acesso de leitura-escrita para pelo menos um nó.

Aqui está o arquivo de configuração para oPersistentVolumeClaim:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolumeClaim
metadata:
  name: task-pv-claim
spec:
  storageClassName: manual
  accessModes:
    - ReadWriteOnce
  resources:
    requests:
      storage: 3Gi

Crie o PersistentVolumeClaim:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-claim.yaml

Após criar o PersistentVolumeClaim, o Kubernetes control plane procura por um Volume Persistente que satisfaça os requerimentos reivindicados. Se o control plane encontrar um Volume Persistente adequado, com a mesma classe de armazenamento, ele liga o volume requisitado.

Olhe novamente o Volume Persistente:

kubectl get pv task-pv-volume

Agora a saída mostra um STATUS de Bound.

NAME             CAPACITY   ACCESSMODES   RECLAIMPOLICY   STATUS    CLAIM                   STORAGECLASS   REASON    AGE
task-pv-volume   10Gi       RWO           Retain          Bound     default/task-pv-claim   manual                   2m

Olhe para o PersistentVolumeClaim:

kubectl get pvc task-pv-claim

A saída mostra que oPersistentVolumeClaim está vinculado ao seu Volume Persistente, task-pv-volume.

NAME            STATUS    VOLUME           CAPACITY   ACCESSMODES   STORAGECLASS   AGE
task-pv-claim   Bound     task-pv-volume   10Gi       RWO           manual         30s

Crie um Pod

O próximo passo é criar um Pod que usa o seu PersistentVolumeClaim como um volume.

Aqui está o arquivo de configuração para o Pod:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: task-pv-pod
spec:
  volumes:
    - name: task-pv-storage
      persistentVolumeClaim:
        claimName: task-pv-claim
  containers:
    - name: task-pv-container
      image: nginx
      ports:
        - containerPort: 80
          name: "http-server"
      volumeMounts:
        - mountPath: "/usr/share/nginx/html"
          name: task-pv-storage


Note que o arquivo de configuração do Pod especifica um PersistentVolumeClaim, mas não especifica um Volume Persistente. Do ponto de vista do Pod, a reivindicação é de um volume.

Crie o Pod:

kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/storage/pv-pod.yaml

Verifique se o contêiner no Pod está executando;

kubectl get pod task-pv-pod

Abra o shell do contêiner, executando no seu Pod:

kubectl exec -it task-pv-pod -- /bin/bash

No seu shell, verifique se o nginx está servindo o arquivo index.html do volume do hostPath:

# Certifique-se de executar esses 3 comandos dentro do shell, na raiz que vem da
# execução "kubectl exec" do passo anterior
apt update
apt install curl
curl http://localhost/

A saída mostra o texto que você escreveu no arquivo index.html no volume do hostPath:

Hello from Kubernetes storage

Se você vir essa mensagem, configurou com sucesso um pod para usar o armazenamento de um PersistentVolumeClaim.

Limpeza

Exclua o Pod, o PersistentVolumeClaim e o Volume Persistente:

kubectl delete pod task-pv-pod
kubectl delete pvc task-pv-claim
kubectl delete pv task-pv-volume

Se você ainda não tem um shell aberto no nó em seu cluster, Abra um novo shell da mesma maneira que você fez antes. No shell do seu nó, remova o arquivo e o diretório que você criou:

# Pressupondo que seu nó usa "sudo" para executar comandos
# como superusuário
sudo rm /mnt/data/index.html
sudo rmdir /mnt/data

Você pode agora fechar o shell do seu nó.

Montando o mesmo Volume Persistente em dois lugares


apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: test
spec:
  containers:
    - name: test
      image: nginx
      volumeMounts:
        # a mount for site-data
        - name: config
          mountPath: /usr/share/nginx/html
          subPath: html
        # another mount for nginx config
        - name: config
          mountPath: /etc/nginx/nginx.conf
          subPath: nginx.conf
  volumes:
    - name: config
      persistentVolumeClaim:
        claimName: test-nfs-claim

Você pode realizar a montagem de 2 volumes no seu contêiner nginx:

/usr/share/nginx/html para o website estático /etc/nginx/nginx.conf para a configuração padrão

Controle de accesso

Armazenamento configurado com um group ID (GID) possibilita a escrita somente pelos Pods usando a mesma GID. GIDs incompatíveis ou perdidos causam erros de negação de permissão. Para reduzir a necessidade de coordenação de usuários, um administrador pode anotar um Volume Persistente com uma GID. Então a GID é automaticamente adicionada a qualquer Pod que use um Volume Persistente.

Use a anotação pv.beta.kubernetes.io/gid como a seguir:

apiVersion: v1
kind: PersistentVolume
metadata:
  name: pv1
  annotations:
    pv.beta.kubernetes.io/gid: "1234"

Quando um Pod consome um Volume Persistente que tem uma anotação GID, o GID anotado é aplicado à todos os contêiners no Pod, da mesma forma que as GIDs especificadas no contexto de segurança em que o Pod está. Cada GID, se é originário de uma anotação de Volume Persistente ou da especificação do Pod, é aplicada ao primeiro processo executando em cada contêiner.

Próximos passos

Referência

7 - Atribuindo Pods aos Nós

Esta página mostra como atribuir um Pod Kubernetes a um nó particular em um cluster Kubernetes.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Adicione um rótulo a um nó

  1. Liste os nós em seu cluster, juntamente com seus rótulos:

    kubectl get nodes --show-labels
    

    A saída é similar a esta:

    NAME      STATUS    ROLES    AGE     VERSION        LABELS
    worker0   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker0
    worker1   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker1
    worker2   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker2
    
  2. Escolha um de seus nós, e adicione um rótulo a ele:

    kubectl label nodes <your-node-name> disktype=ssd
    

    onde <your-node-name> é o nome do seu nó escolhido.

  3. Verifique se seu nó escolhido tem o rótulo disktype=ssd:

    kubectl get nodes --show-labels
    

    A saída é similiar a esta:

    NAME      STATUS    ROLES    AGE     VERSION        LABELS
    worker0   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,disktype=ssd,kubernetes.io/hostname=worker0
    worker1   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker1
    worker2   Ready     <none>   1d      v1.13.0        ...,kubernetes.io/hostname=worker2
    

    Na saída anterior, você pode ver que o nó worker0 tem o rótulo disktype=ssd.

Crie um pod que é agendado em seu nó escolhido

Este arquivo de configuração de pod descreve um pod que tem um seletor de nó, disktype: ssd. Isto significa que o pod será agendado em um nó que tem o rótulo disktype=ssd.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
  labels:
    env: test
spec:
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
    imagePullPolicy: IfNotPresent
  nodeSelector:
    disktype: ssd
  1. Use o arquivo de configuração para criar um pod que será agendado no nó escolhido:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/pod-nginx.yaml
    
  2. Verifique se o pod está executando no nó escolhido:

    kubectl get pods --output=wide
    

    A saída é similar a esta:

    NAME     READY     STATUS    RESTARTS   AGE    IP           NODE
    nginx    1/1       Running   0          13s    10.200.0.4   worker0
    

Crie um pod que é agendado em um nó específico

Você pode também agendar um pod para um nó específico usando nodeName.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
spec:
  nodeName: foo-node # schedule pod to specific node
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
    imagePullPolicy: IfNotPresent

Use o arquivo de configuração para criar um pod que será agendado somente no nó foo-node.

Próximos passos

8 - Configurando um Pod Para Usar um ConfigMap

Muitas aplicações dependem da configuração que é usada durante a inicialização do aplicativo ou do agente de execução. Na maioria das vezes, há um requisito para ajustar os valores atribuídos aos parâmetros de configuração. O objeto ConfigMap é a maneira usada no Kubernetes para injetar dados de configuração em Pods de aplicativos. O ConfigMap permite que você desacople os artefatos de configuração do conteúdo da imagem, para manter os aplicativos de contêiner portáveis. Esta página fornece uma série de exemplos de uso, demonstrando como criar ConfigMaps e configurar Pods usando dados armazenados em ConfigMaps.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Crie um ConfigMap

Você pode usar kubectl create configmap ou um gerador de ConfigMap, em um arquivo kustomization.yaml para criar um ConfigMap. Perceba que o kubectl começou a suportar o kustomization.yaml desde a versão 1.14.

Crie um ConfigMap Usando kubectl create configmap

Use o comando kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de diretórios, arquivos, ou valores literais:

kubectl create configmap <map-name> <data-source>

Onde <map-name> é o nome que você quer atribuir ao ConfigMap e <data-source> é o diretório, arquivo, ou o valor literal de onde buscar os dados. O nome de um objeto ConfigMap precisa ser um nome de subdomínio DNS válido. Quando você estiver criando um ConfigMap baseado em um arquivo, a chave no <data-source> é por padrão o nome-base do arquivo, e o valor é por padrão o conteúdo do arquivo.

Você pode usar kubectl describe ou kubectl get para obter informações sobre um ConfigMap.

Crie um ConfigMap a partir de diretórios

Você pode usar kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de vários arquivos no mesmo diretório. Quando você está criando um ConfigMap baseado em um diretório, o kubectl identifica arquivos cujo nome-base é uma chave válida no diretório e empacota cada um desses arquivos no novo ConfigMap. Quaisquer entradas existentes no diretório que não sejam arquivos regulares são ignoradas (ex. subdiretórios, links simbólicos, dispositivos, pipes, etc).

Por exemplo:

# Criando o diretório local

mkdir -p configure-pod-container/configmap/

# Baixe os arquivos de amostra no diretório `configure-pod-container/configmap/` 

wget https://kubernetes.io/examples/configmap/game.properties -O configure-pod-container/configmap/game.properties
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/ui.properties -O configure-pod-container/configmap/ui.properties

# Crie o ConfigMap

kubectl create configmap game-config --from-file=configure-pod-container/configmap/

O comando acima empacota cada arquivo, neste caso, game.properties e ui.properties no diretório configure-pod-container/configmap/ dentro do ConfigMap de nome game-config. Você pode exibir detalhes do ConfigMap usando o seguinte comando:

kubectl describe configmaps game-config

A saída é semelhante a esta:

Name:         game-config
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
ui.properties:
----
color.good=purple
color.bad=yellow
allow.textmode=true
how.nice.to.look=fairlyNice

Os arquivos game.properties e ui.properties no diretório configure-pod-container/configmap/ estão representados na seção data do ConfigMap.

kubectl get configmaps game-config -o yaml

A saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T18:52:05Z
  name: game-config
  namespace: default
  resourceVersion: "516"
  uid: b4952dc3-d670-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  game.properties: |
    enemies=aliens
    lives=3
    enemies.cheat=true
    enemies.cheat.level=noGoodRotten
    secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
    secret.code.allowed=true
    secret.code.lives=30    
  ui.properties: |
    color.good=purple
    color.bad=yellow
    allow.textmode=true
    how.nice.to.look=fairlyNice    

Crie um ConfigMap a partir de arquivos

Você pode usar kubectl create configmap para criar um ConfigMap a partir de um arquivo individual, ou a partir de múltiplos arquivos.

Por exemplo,

kubectl create configmap game-config-2 --from-file=configure-pod-container/configmap/game.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl describe configmaps game-config-2

Onde a saída é semelhante a esta:

Name:         game-config-2
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30

Você pode passar o argumento --from-file múltiplas vezes para criar um ConfigMap a partir de múltiplas fontes de dados.

kubectl create configmap game-config-2 --from-file=configure-pod-container/configmap/game.properties --from-file=configure-pod-container/configmap/ui.properties

Você pode exibir detalhes do ConfigMap game-config-2 usando o comando a seguir:

kubectl describe configmaps game-config-2

A saída é semelhante a esta:

Name:         game-config-2
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  <none>

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
ui.properties:
----
color.good=purple
color.bad=yellow
allow.textmode=true
how.nice.to.look=fairlyNice

Quando o kubectl cria um ConfigMap a partir de entradas que não são ASCII ou UTF-8, a ferramenta os coloca no campo binaryData do ConfigMap, e não no campo data. Fontes de dados de texto e binário podem ser combinadas em um ConfigMap. Se você quiser ver o campo binaryData (e seus valores) em um ConfigMap, você pode executar kubectl get configmap -o jsonpath='{.binaryData}' <name>.

Use a opção --from-env-file para criar um ConfigMap a partir de um arquivo de ambiente, por exemplo:

# Os arquivos de ambiente contêm uma lista de variáveis de ambiente.
# Essas regras de sintaxe se aplicam:
#   Cada linha em um arquivo de ambiente deve estar em formato VAR=VAL.
#   Linhas começando com # (ex. comentários) são ignoradas.
#   Linhas em branco são ignoradas.
#   Não há manuseio especial de aspas (ex. eles farão parte dos valores do ConfigMap).

# Baixe os arquivos de amostra no diretório `configure-pod-container/configmap/`
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/game-env-file.properties -O configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties
wget https://kubernetes.io/examples/configmap/ui-env-file.properties -O configure-pod-container/configmap/ui-env-file.properties

# O arquivo de ambiente `game-env-file.properties` se parece como o abaixo
cat configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties
enemies=aliens
lives=3
allowed="true"

# Este comentário e a linha vazia acima dela são ignorados
kubectl create configmap game-config-env-file \
       --from-env-file=configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmap game-config-env-file -o yaml

onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2017-12-27T18:36:28Z
  name: game-config-env-file
  namespace: default
  resourceVersion: "809965"
  uid: d9d1ca5b-eb34-11e7-887b-42010a8002b8
data:
  allowed: '"true"'
  enemies: aliens
  lives: "3"

A partir do Kubernetes v1.23, o kubectl suporta múltiplas ocorrências do argumento --from-env-file para criar um ConfigMap para múltiplas fontes de dados.

kubectl create configmap config-multi-env-files \
        --from-env-file=configure-pod-container/configmap/game-env-file.properties \
        --from-env-file=configure-pod-container/configmap/ui-env-file.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmap config-multi-env-files -o yaml

Onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2017-12-27T18:38:34Z
  name: config-multi-env-files
  namespace: default
  resourceVersion: "810136"
  uid: 252c4572-eb35-11e7-887b-42010a8002b8
data:
  allowed: '"true"'
  color: purple
  enemies: aliens
  how: fairlyNice
  lives: "3"
  textmode: "true"

Defina a chave a ser usada ao criar um ConfigMap a partir de um arquivo

Você pode definir uma chave que não seja o nome do arquivo, para usar na seção data do seu ConfigMap quando usar o argumento --from-file:

kubectl create configmap game-config-3 --from-file=<my-key-name>=<path-to-file>

Onde <my-key-name> é a chave que você deseja usar no ConfigMap e <path-to-file> é a localização do arquivo fonte de dados, que você deseja que a chave represente.

Por exemplo:

kubectl create configmap game-config-3 --from-file=game-special-key=configure-pod-container/configmap/game.properties

Produziria o seguinte ConfigMap:

kubectl get configmaps game-config-3 -o yaml

Onde a saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T18:54:22Z
  name: game-config-3
  namespace: default
  resourceVersion: "530"
  uid: 05f8da22-d671-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  game-special-key: |
    enemies=aliens
    lives=3
    enemies.cheat=true
    enemies.cheat.level=noGoodRotten
    secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
    secret.code.allowed=true
    secret.code.lives=30    

Criando um ConfigMap a partir de valores literais

Você pode usar kubectl create configmap com o argumento --from-literal para definir um valor literal a partir da linha de comando:

kubectl create configmap special-config --from-literal=special.how=very --from-literal=special.type=charm

Você pode passar vários pares de chave-valor. Cada par fornecido na linha de comando é representado como uma entrada separada na seção data do ConfigMap.

kubectl get configmaps special-config -o yaml

A saída é semelhante a esta:

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T19:14:38Z
  name: special-config
  namespace: default
  resourceVersion: "651"
  uid: dadce046-d673-11e5-8cd0-68f728db1985
data:
  special.how: very
  special.type: charm

Crie um ConfigMap de um gerador

Você também pode criar um ConfigMap a partir de geradores e então aplicá-lo no cluster para criar objetos no servidor da API. Você deve especificar os geradores em um arquivo kustomization.yaml dentro de um diretório.

Gere o ConfigMap a partir de arquivos

Por exemplo, para gerar um ConfigMap a partir de arquivos configure-pod-container/configmap/game.properties

# Crie um arquivo kustomization.yaml com um ConfigMapGenerator
cat <<EOF >./kustomization.yaml
configMapGenerator:
- name: game-config-4
  files:
  - configure-pod-container/configmap/game.properties
EOF

Aplique o diretório de kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/game-config-4-m9dm2f92bt created

Você pode verificar se o ConfigMap foi criado, assim:

kubectl get configmap
NAME                       DATA   AGE
game-config-4-m9dm2f92bt   1      37s
kubectl describe configmaps/game-config-4-m9dm2f92bt
Name:         game-config-4-m9dm2f92bt
Namespace:    default
Labels:       <none>
Annotations:  kubectl.kubernetes.io/last-applied-configuration:
                {"apiVersion":"v1","data":{"game.properties":"enemies=aliens\nlives=3\nenemies.cheat=true\nenemies.cheat.level=noGoodRotten\nsecret.code.p...

Data
====
game.properties:
----
enemies=aliens
lives=3
enemies.cheat=true
enemies.cheat.level=noGoodRotten
secret.code.passphrase=UUDDLRLRBABAS
secret.code.allowed=true
secret.code.lives=30
Events:  <none>

Observe que o nome gerado para o ConfigMap tem um sufixo anexado, que é o hash do conteúdo. Isso garante que um novo ConfigMap é gerado cada vez que o seu conteúdo é modificado.

Defina a chave a ser usada ao gerar um ConfigMap a partir de um arquivo

Você pode definir uma chave que não seja o nome do arquivo para usar no gerador do ConfigMap. Por exemplo, para gerar um ConfigMap a partir de arquivos configure-pod-container/configmap/game.properties com a chave game-special-key

# Criando um arquivo kustomization.yaml com o ConfigMapGenerator
cat <<EOF >./kustomization.yaml
configMapGenerator:
- name: game-config-5
  files:
  - game-special-key=configure-pod-container/configmap/game.properties
EOF

Aplicar o diretório kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/game-config-5-m67dt67794 created

Gere ConfigMap a partir de literais

Este exemplo mostra como criar um ConfigMap a partir de dois literais chave/valor: special.type=charm e special.how=very, usando Kustomize e kubectl. Para alcançar isso, você pode especificar o gerador ConfigMap. Crie (ou sobreponha) o arquivo kustomization.yaml para que ele tenha os seguintes conteúdos:

---
# Conteúdos de um aruivo kustomization.yaml para criar um ConfigMap a partir de literais
configMapGenerator:
- name: special-config-2
  literals:
  - special.how=very
  - special.type=charm

Aplique o diretório kustomization para criar o objeto ConfigMap.

kubectl apply -k .
configmap/special-config-2-c92b5mmcf2 created

Limpeza provisória

Antes de prosseguir, limpe alguns dos ConfigMaps que você fez:

kubectl delete configmap special-config
kubectl delete configmap env-config
kubectl delete configmap -l 'game-config in (config-4,config-5)

Agora que você aprendeu a definir ConfigMaps, você pode avançar na próxima seção, e aprender como usar esses objetos com Pods.

Definir variáveis de ambiente de contêineres usando dados ConfigMap

Defina uma variável de ambiente de contêiner com dados de um único ConfigMap

  1. Defina uma variável de ambiente como um par de chave-valor em um ConfigMap:

    kubectl create configmap special-config --from-literal=special.how=very
    
  2. Atribua o valor special.how definido no ConfigMap para a variável de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY na especificação do pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          env:
            # Defina a variável de ambiente
            - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  # O ConfigMap contendo o valor que você deseja atribuir ao SPECIAL_LEVEL_KEY
                  name: special-config
                  # Especifique a chave associada ao valor
                  key: special.how
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-single-configmap-env-variable.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui a variável de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY=very.

Defina variáveis de ambiente de contêineres com dados de múltiplos mapas de configuração

  • Como no exemplo anterior, crie primeiro o ConfigMap.

    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: special-config
      namespace: default
    data:
      special.how: very
    ---
    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: env-config
      namespace: default
    data:
      log_level: INFO
    

    Crie o ConfigMap:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmaps.yaml
    
  • Defina as variáveis de ambiente na especificação do Pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          env:
            - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  name: special-config
                  key: special.how
            - name: LOG_LEVEL
              valueFrom:
                configMapKeyRef:
                  name: env-config
                  key: log_level
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-multiple-configmap-env-variable.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui as variáveis de ambiente SPECIAL_LEVEL_KEY=very e LOG_LEVEL=INFO.

Configure todos os pares de chave-valor em um ConfigMap como variáveis de ambiente de contêineres

  • Criando um ConfigMap contendo vários pares de chave-valor.

    apiVersion: v1
    kind: ConfigMap
    metadata:
      name: special-config
      namespace: default
    data:
      SPECIAL_LEVEL: very
      SPECIAL_TYPE: charm
    

    Crie o ConfigMap:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmap-multikeys.yaml
    
  • Use envFrom para definir todos os dados do ConfigMap como variáveis de ambiente do contêiner. A chave do ConfigMap torna-se o nome da variável de ambiente no Pod.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: dapi-test-pod
    spec:
      containers:
        - name: test-container
          image: registry.k8s.io/busybox
          command: [ "/bin/sh", "-c", "env" ]
          envFrom:
          - configMapRef:
              name: special-config
      restartPolicy: Never
    

    Crie o Pod:

    kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-envFrom.yaml
    

    Agora, a saída do Pod inclui as variáveis de ambiente SPECIAL_LEVEL=very e SPECIAL_TYPE=charm.

Use variáveis de ambiente definidas no ConfigMap em comandos do Pod

Você pode usar variáveis de ambiente definidas no ConfigMap no command e args de um contêiner usando a sintaxe de substituição do Kubernetes $(VAR_NAME).

Por exemplo, a seguinte especificação de Pod

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/echo", "$(SPECIAL_LEVEL_KEY) $(SPECIAL_TYPE_KEY)" ]
      env:
        - name: SPECIAL_LEVEL_KEY
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: special-config
              key: SPECIAL_LEVEL
        - name: SPECIAL_TYPE_KEY
          valueFrom:
            configMapKeyRef:
              name: special-config
              key: SPECIAL_TYPE
  restartPolicy: Never

criado pela execução

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-env-var-valueFrom.yaml

produz a seguinte saída no contêiner test-container:

kubectl logs dapi-test-pod
very charm

Adicione dados do ConfigMap em um Volume

Conforme explicado Criando um ConfigMap a partir de arquivos, quando você cria um ConfigMap usando --from-file, o nome do arquivo se torna uma chave armazenada na seção data do ConfigMap. O conteúdo do arquivo se torna o valor da chave.

Os exemplos nesta seção se referem a um ConfigMap de nome' special-config, mostrado abaixo.

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  name: special-config
  namespace: default
data:
  SPECIAL_LEVEL: very
  SPECIAL_TYPE: charm

Crie o ConfigMap:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/configmap/configmap-multikeys.yaml

Preencher um volume com dados armazenados em um ConfigMap

Adicione o nome do ConfigMap debaixo da seção volumes das especificações do Pod. Isso adiciona os dados do ConfigMap ao diretório especificado como volumeMounts.mountPath (nesse caso, /etc/config). A seção command lista arquivos do diretório com nomes que correspondem às chaves no ConfigMap.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/sh", "-c", "ls /etc/config/" ]
      volumeMounts:
      - name: config-volume
        mountPath: /etc/config
  volumes:
    - name: config-volume
      configMap:
        # Forneça o nome do ConfigMap que contém os arquivos 
        # que você deseja adicionar ao contêiner
        name: special-config
  restartPolicy: Never

Crie o Pod:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-volume.yaml

Quando o Pod executa, o comando ls /etc/config/ produz a saída abaixo:

SPECIAL_LEVEL
SPECIAL_TYPE

Adicione dados ConfigMap para um caminho específico no volume

Use o campo path para especificar o caminho de arquivo desejado para ítens específicos do ConfigMap. Nesse caso, o item SPECIAL_LEVEL será montado no volume config-volume em /etc/config/keys.

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: dapi-test-pod
spec:
  containers:
    - name: test-container
      image: registry.k8s.io/busybox
      command: [ "/bin/sh","-c","cat /etc/config/keys" ]
      volumeMounts:
      - name: config-volume
        mountPath: /etc/config
  volumes:
    - name: config-volume
      configMap:
        name: special-config
        items:
        - key: SPECIAL_LEVEL
          path: keys
  restartPolicy: Never

Crie o Pod:

kubectl create -f https://kubernetes.io/examples/pods/pod-configmap-volume-specific-key.yaml

Quando o Pod executar, o comando cat /etc/config/keys produz a saída abaixo:

very

Projete chaves para caminhos específicos e permissões de arquivos

Você pode projetar chaves para caminhos específicos e permissões específicas em uma base por-arquivo. O guia do usuário Segredos explica a sintaxe.

Referências Opcionais

Uma referência de ConfigMap pode ser marcada opcional. Se o ConfigMap for inexistente, o volume montado estará vazio. Se o ConfigMap existir, mas a chave referenciada é inexistente, o caminho estará ausente no ponto de montagem.

ConfigMaps montados são atualizados automaticamente

Quando um ConfigMap montado é atualizado, o conteúdo projetado é eventualmente atualizado também. Isso se aplica no caso em que um ConfigMap referenciado opcionalmente passe a existir após o Pod ser iniciado.

O Kubelet verifica se o ConfigMap montado está atualizado em cada sincronização periódica. No entanto, ele usa seu cache local baseado em TTL para obter o valor atual do ConfigMap. Como resultado, o atraso total, desde o momento em que o ConfigMap foi atualizado até o momento em que novas chaves são projetadas para o pod, pode ser tão longo quanto o período de sincronização do Kubelet (1 minuto por padrão) + TTL de cache do ConfigMap (1 minuto por padrão) no kubelet.

Compreendendo ConfigMap e Pods

O recurso da API ConfigMap armazena dados de configuração como pares de chave-valor. Os dados podem ser consumidos em Pods, ou fornecidos para componentes do sistema, como controladores. O ConfigMap é similar ao Secret, mas fornece um meio de trabalhar com strings que não contêm informações confidenciais. Usuários e componentes do sistema podem armazenar dados de configuração em ConfigMaps.

O campo data do ConfigMap contém os dados de configuração. Como mostrado no exemplo abaixo, estes podem ser simples (como propriedades individuais definidas usando --from-literal) ou complexos (como arquivos de configuração ou blobs JSON definidos usando --from-file).

apiVersion: v1
kind: ConfigMap
metadata:
  creationTimestamp: 2016-02-18T19:14:38Z
  name: example-config
  namespace: default
data:
  # exemplo de uma propriedade simples definida usando --from-literal
  example.property.1: hello
  example.property.2: world
  # exemplo de uma propriedade complexa definida usando --from-file
  example.property.file: |-
    property.1=value-1
    property.2=value-2
    property.3=value-3    

Restrições

  • Você deve criar um ConfigMap antes de referenciá-lo em uma especificação de Pod (a menos que você marque o ConfigMap como optional). Se você referenciar um ConfigMap que não existe, O Pod não vai iniciar. Da mesma forma, referências a chaves que não existem no ConfigMap impedirão o Pod de iniciar.

  • Se você usar envFrom para definir variáveis de ambiente do ConfigMap, chaves que são consideradas inválidas serão ignoradas. O Pod poderá iniciar, mas os nomes inválidos serão registrados no log de eventos (InvalidVariableNames). A mensagem de log lista cada chave ignorada. Por exemplo:

    kubectl get events
    

    A saída é semelhante a esta:

    LASTSEEN FIRSTSEEN COUNT NAME          KIND  SUBOBJECT  TYPE      REASON                            SOURCE                MESSAGE
    0s       0s        1     dapi-test-pod Pod              Warning   InvalidEnvironmentVariableNames   {kubelet, 127.0.0.1}  Keys [1badkey, 2alsobad] from the EnvFrom configMap default/myconfig were skipped since they are considered invalid environment variable names.
    
  • O ConfigMap reside em um Namespace específico. Um ConfigMap só pode ser referenciado por Pods residentes no mesmo namespace.

  • Você não pode usar um ConfigMap para Pods estáticos, porque o kubelet não oferece suporte a isso.

Próximos passos

9 - Compartilhando o Namespace de Processo Entre Contêineres em um Pod

Esta página mostra como configurar o compartilhamento de namespace de processos para um Pod. Quando O compartilhamento de namespace de processos está ativado, os processos em um Contêiner são visíveis para todos os outros Contêineres no mesmo Pod.

Você pode usar este recurso para configurar Contêineres de cooperação, como um manipulador de log sidecar de contêiner, ou para solucionar problemas em imagens de contêiner que não incluem utilitários de depuração como um shell.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Configure um pod

O compartilhamento de namespace de processos é ativado usando o campo shareProcessNamespace da .spec para um Pod. Por exemplo:

apiVersion: v1
kind: Pod
metadata:
  name: nginx
spec:
  shareProcessNamespace: true
  containers:
  - name: nginx
    image: nginx
  - name: shell
    image: busybox:1.28
    securityContext:
      capabilities:
        add:
        - SYS_PTRACE
    stdin: true
    tty: true
  1. Crie o pod nginx no seu cluster:

    kubectl apply -f https://k8s.io/examples/pods/share-process-namespace.yaml
    
  2. Conecte ao shell do contêiner e execute o comando ps:

    kubectl attach -it nginx -c shell
    

    Se você não vir um prompt de comando, tente pressionar Enter. No shell do Contêiner execute:

    # execute este comando dentro do "shell" do contêiner
    ps ax
    

    A saída é semelhante a esta:

    PID   USER     TIME  COMMAND
        1 root      0:00 /pause
        8 root      0:00 nginx: master process nginx -g daemon off;
       14 101       0:00 nginx: worker process
       15 root      0:00 sh
       21 root      0:00 ps ax
    

Você pode sinalizar processos em outros Contêineres. Por exemplo, mandando SIGHUP ao nginx para restartar o processo worker. Isso requer a capacidade SYS_PTRACE.

# execute este comando dentro do "shell" do contêiner
kill -HUP 8   # substitua o "8" pelo PID do processo principal do nginx, se necessário
ps ax

A saída é semelhante a esta:

PID   USER     TIME  COMMAND
    1 root      0:00 /pause
    8 root      0:00 nginx: master process nginx -g daemon off;
   15 root      0:00 sh
   22 101       0:00 nginx: worker process
   23 root      0:00 ps ax

É até possível acessar o sistema de arquivos de outro contêiner usando o link /proc/$pid/root.

# execute este comando dentro do "shell" do contêiner
# substitua o "8" pelo PID do processo Nginx, se necessario
head /proc/8/root/etc/nginx/nginx.conf

A saída é semelhante a esta:

user  nginx;
worker_processes  1;

error_log  /var/log/nginx/error.log warn;
pid        /var/run/nginx.pid;


events {
    worker_connections  1024;

Compreendendo o compartilhamento de namespace de processos

Os Pods compartilham muitos recursos, por isso faz sentido que eles também compartilhem um namespace de processo. Alguns Contêineres podem esperar serem isolados de outros, no entanto, por isso, é importante entender as diferenças:

  1. O processo de contêiner não tem mais o PID 1. Alguns Contêineres recusam começar sem o PID 1 (por exemplo, contêineres usando systemd) ou executando comandos como kill -HUP 1 para sinalizar o processo de Contêiner. Em pods com um namespace de processos compartilhado, kill -HUP 1 irá sinalizar a sandbox (/pause no exemplo acima).

  2. Os processos são visíveis para outros contêineres no Pod. Isso inclui todas informações visíveis em /proc, como senhas que foram passadas como argumentos ou variáveis de ambiente. Estes são protegidos apenas por permissões regulares do Unix.

  3. Sistema de arquivos do Contêiner são visíveis para outros Contêineres do pod através do link /proc/$pid/root. Isso facilita a depuração, mas também significa que os segredos do sistema de arquivos, são protegidos apenas por permissões de sistema de arquivos.

10 - Criando Pods Estáticos

Pods Estáticos são gerenciados diretamente pelo daemon kubelet em um nó específico, sem o servidor de API observando-os. Ao contrário dos pods que são gerenciados pelo Control Plane (por exemplo, uma Implantação); em vez disso, o kubelet observa cada Pod estático (e reinicia-os se falharem).

Pods estáticos estão sempre ligados a um Kubelet em um nó específico.

O Kubelet tenta automaticamente criar um mirror Pod no servidor de API do Kubernetes para cada Pod estático. Isso significa que os pods em execução em um nó são visíveis no servidor de API, mas não podem ser controlados a partir daí. Aos nomes de Pods será sufixados com o nome de host do nó, com um hífem a esquerda.

Antes de você começar

Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Esta página assume que você está usando um CRI-O para executar os Pods, e que seus nós estão executando o sistema operacional Fedora. Instruções para outras distribuições, ou instalações de Kubernetes, podem variar.

Crie um pod estático

Você pode configurar um Pod estático com um arquivo de configuração hospedado no sistema de arquivos ou um arquivo de configuração hospedado na Web.

Manifesto do Pod estático hospedado no sistema de arquivos

Os manifestos, são definições de Pod padrão em formato JSON ou YAML em um diretório específico. Use o campo staticPodPath: <diretório> no arquivo de configuração do kubelet, que periodicamente varre o diretório e cria/exclui Pods estáticos conforme os arquivos YAML/JSON aparecem/desaparecem. Observe que o Kubelet ignorará os arquivos começando com pontos ao varrer o diretório especificado.

Por exemplo, como iniciar um servidor Web simples como um Pod estático

  1. Escolha um nó onde você deseja executar um Pod estático. Neste exemplo, é my-node1.

    ssh my-node1
    
  2. Escolha um diretório, digamos /etc/kubernetes/manifests e coloque uma definição de pod para um servidor web lá, por exemplo /etc/kubernetes/manifests/static-web.yaml:

    # Execute este comando no nó onde o Kubelet está funcionando
    mkdir -p /etc/kubernetes/manifests/
    cat <<EOF >/etc/kubernetes/manifests/static-web.yaml
    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: static-web
      labels:
        role: myrole
    spec:
      containers:
        - name: web
          image: nginx
          ports:
            - name: web
              containerPort: 80
              protocol: TCP
    EOF
    
  3. Configure seu kubelet no nó para usar este diretório executando-o com o argumento --pod-manifest-path=/etc/kubernetes/manifests/. No Fedora, edite o arquivo /etc/kubernetes/kubelet para incluir esta linha:

    KUBELET_ARGS="--cluster-dns=10.254.0.10 --cluster-domain=kube.local --pod-manifest-path=/etc/kubernetes/manifests/"
    

    ou adicione o campo staticPodPath: <o diretótio> no arquivo de configuração do kubelet.

  4. Reinicie o kubelet. No Fedora, você poderia executar:

    # Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
    systemctl restart kubelet
    

Manifesto do Pod estático hospedado na Web

O Kubelet baixa periodicamente um arquivo especificado pelo argumento --manifest-url=<URL> e interpreta-o como um arquivo JSON/YAML que contém as definições do Pod. Similar ao que manifestos hospedados no sistema de arquivos fazem, o kubelet reexamina o manifesto em um agendamento. Se houver alterações na lista de Pods estáticos, o kubelet aplica-os.

Para usar esta abordagem:

  1. Crie um arquivo YAML e armazene-o em um servidor da Web, para que você possa passar o URL desse arquivo para o Kubelet.

    apiVersion: v1
    kind: Pod
    metadata:
      name: static-web
      labels:
        role: myrole
    spec:
      containers:
        - name: web
          image: nginx
          ports:
            - name: web
              containerPort: 80
              protocol: TCP
    
  2. Configure o kubelet no seu nó selecionado para usar este manifesto da Web, executando-o com --manifest-url=<manifest-url>. No Fedora, edite /etc/kubernetes/kubelet para incluir esta linha:

    KUBELET_ARGS="--cluster-dns=10.254.0.10 --cluster-domain=kube.local --manifest-url=<manifest-url>"
    
  3. Reinicie o Kubelet. No Fedora, você usaria:

    # Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
    systemctl restart kubelet
    

Observe o comportamento do Pod estático

Quando o kubelet começa, inicia automaticamente todos os pods estáticos definidos. Como você definiu um Pod estático e reiniciou o kubelet, o novo pod estático deveria já estar em execução.

Você pode ver os Contêineres em execução (incluindo os Pods estáticos) ao executar (no Nó):

# Execute este comando no nó onde o kubelet está funcionando
crictl ps

A saída pode ser algo como:

CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
129fd7d382018   docker.io/library/nginx@sha256:...    11 minutes ago    Running    web     0          34533c6729106

Você pode ver o Pod espelho no servidor de API:

kubectl get pods
NAME         READY   STATUS    RESTARTS        AGE
static-web   1/1     Running   0               2m

Os Rótulos dos pods estáticos são propagados no Pod espelho. Você pode usar esses rótulos como seletores via normal, etc.

Se você tentar usar o kubectl para excluir o Pod espelho do servidor de API, o kubelet não remove o Pod estático:

kubectl delete pod static-web
pod "static-web" deleted

Você pode ver que o Pod ainda está funcionando:

kubectl get pods
NAME         READY   STATUS    RESTARTS   AGE
static-web   1/1     Running   0          4s

De volta ao seu nó, onde o kubelet está funcionando, você pode tentar parar o Contêiner manualmente. Você verá que, depois de algum tempo, o Kubelet notará e reiniciará o Pod automaticamente:

# Execute esses comandos no nó onde o Kubelet está funcionando
crictl stop 129fd7d382018 # substitua pelo ID do seu contêiner
sleep 20
crictl ps
CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
89db4553e1eeb   docker.io/library/nginx@sha256:...    19 seconds ago    Running    web     1          34533c6729106

Adição e remoção dinâmica de Pods estáticos

O Kubelet em execução varre periodicamente o diretório configurado (/etc/kubernetes/manifests em nosso exemplo) por alterações, e adiciona/remove os pods à medida que os arquivos aparecem/desaparecem neste diretório.

# Pressupondo que você esteja usando a configuração de Pod estático hospedada no sistema de arquivos
# Execute esses comandos no nó onde o Kubelet está funcionando
#
mv /etc/kubelet.d/static-web.yaml /tmp
sleep 20
crictl ps
# Você vê que nenhum contêiner nginx está funcionando
#
mv /tmp/static-web.yaml  /etc/kubelet.d/
sleep 20
crictl ps
CONTAINER       IMAGE                                 CREATED           STATE      NAME    ATTEMPT    POD ID
f427638871c35   docker.io/library/nginx@sha256:...    19 seconds ago    Running    web     1          34533c6729106

11 - Aplicando os Padrões de Segurança do Pod Através da Configuração do Controlador de Admissão Embutido

O Kubernetes fornece um controlador de admissão embutido para garantir os padrões de segurança do Pod. Você pode configurar esse controlador de admissão para definir padrões e isenções em todo o cluster.

Antes de você começar

Após uma release alfa no Kubernetes v1.22, o controlador de admissão Pod Security Admission tornou-se disponível por padrão no Kubernetes v1.23, no estado beta. Da versão 1.25 em diante o controlador de admissão Pod Security Admission está publicamente disponível.

Para verificar a versão, digite kubectl version.

Se você não estiver utilizando o Kubernetes 1.30, você pode verificar a documentação da versão do Kubernetes que você está utilizando.

Configure o Controlador de Admissão

apiVersion: apiserver.config.k8s.io/v1 # veja a nota de compatibilidade
kind: AdmissionConfiguration
plugins:
- name: PodSecurity
  configuration:
    apiVersion: pod-security.admission.config.k8s.io/v1beta1
    kind: PodSecurityConfiguration
    # Padrões aplicados quando o label de modo não é especificado.
    #
    # O valor para o label Level deve ser uma das opções abaixo:
    # - "privileged" (padrão)
    # - "baseline"
    # - "restricted"
    #
    # O valor para o label Version deve ser uma das opções abaixo:
    # - "latest" (padrão)
    # - versão específica no formato "v1.30"
    defaults:
      enforce: "privileged"
      enforce-version: "latest"
      audit: "privileged"
      audit-version: "latest"
      warn: "privileged"
      warn-version: "latest"
    exemptions:
      # Lista de usuários autenticados a eximir.
      usernames: []
      # Lista de RuntimeClasses a eximir.
      runtimeClasses: []
      # Lista de namespaces a eximir.
      namespaces: []

12 - Aplicando Padrões de Segurança de Pod com `Labels` em Namespace

Os namespaces podem ser rotulados para aplicar os Padrões de segurança de pod. As três políticas privilegiado, linha de base e restrito cobrem amplamente o espectro de segurança e são implementados pela segurança de Pod controlador de admissão.

Antes de você começar

O seu servidor Kubernetes deve estar numa versão igual ou superior a v1.22. Para verificar a versão, digite kubectl version.

Exigindo o padrão de segurança baseline de pod com rótulos em namespace

Este manifesto define um Namespace my-baseline-namespace que:

  • Bloqueia quaisquer Pods que não satisfazem os requisitos da política baseline.
  • Gera um aviso para o usuário e adiciona uma anotação de auditoria, a qualquer pod criado que não satisfaça os requisitos da política restricted.
  • Fixa as versões das políticas baseline e restricted à v1.30.
apiVersion: v1
kind: Namespace
metadata:
  name: my-baseline-namespace
  labels:
    pod-security.kubernetes.io/enforce: baseline
    pod-security.kubernetes.io/enforce-version: v1.30

    # Estamos definindo-os para o nosso nível _desejado_  `enforce`.
    pod-security.kubernetes.io/audit: restricted
    pod-security.kubernetes.io/audit-version: v1.30
    pod-security.kubernetes.io/warn: restricted
    pod-security.kubernetes.io/warn-version: v1.30

Adicionar Rótulos aos Namespaces Existentes com kubectl label

É útil aplicar a flag --dry-run ao avaliar inicialmente as alterações do perfil de segurança para namespaces. As verificações padrão de segurança do pod ainda serão executadas em modo dry run, dando-lhe informações sobre como a nova política trataria os pods existentes, sem realmente atualizar a política.

kubectl label --dry-run=server --overwrite ns --all \
    pod-security.kubernetes.io/enforce=baseline

Aplicando a todos os namespaces

Se você está apenas começando com os padrões de segurança de pod, um primeiro passo adequado seria configurar todos namespaces com anotações de auditoria para um nível mais rigoroso, como baseline:

kubectl label --overwrite ns --all \
  pod-security.kubernetes.io/audit=baseline \
  pod-security.kubernetes.io/warn=baseline

Observe que isso não está aplicando as definições de nível, para que os namespaces que não foram explicitamente avaliados possam ser distinguidos. Você pode listar os namespaces sem um nível aplicado, explicitamente definido, usando este comando:

kubectl get namespaces --selector='!pod-security.kubernetes.io/enforce'

Aplicando a um único namespace

Você pode atualizar um namespace específico também. Este comando adiciona a política enforce=restricted ao my-existing-namespace, fixando a política que restringe à versão v1.30.

kubectl label --overwrite ns my-existing-namespace \
  pod-security.kubernetes.io/enforce=restricted \
  pod-security.kubernetes.io/enforce-version=v1.30